Você sabia que entre as últimas duas semanas do mês de abril acontece a Semana do FASHION REVOLUTION? Quer se engajar, aprender e entender mais sobre o tema? Então, fica com a gente até o final da leitura deste artigo que te contaremos tudo!

 

Índice

 

Bem, fato é que a  indústria da moda é uma das mais importantes e lucrativas do mundo, movimentando cifras bilionárias, gerando milhões de empregos, além de causar um enorme impacto sociocultural na sociedade. 

 

Entretanto, por trás de todo o glamour associado a esse mercado, o mundo da moda esconde uma realidade cruel formada por um mix de degradação ambiental e superexploração da mão-de-obra, o que reflete em um afastamento do conceito de moda sustentável e consciente que seria ideal para a sociedade e meio ambiente. 

 

As primeiras fábricas da indústria têxtil

Antiga oficina de alfaiate com tesoura e máquina de costura. 

Infelizmente essa triste realidade não é algo somente atual, sabia?! Isso se deve ao fato de que o setor têxtil foi pioneiro na industrialização e como já sabemos, as primeiras fábricas eram dignas de um show de horrores! 

 

Isto porque as condições de trabalhos eram precárias e degradantes, pois contavam com longas jornadas de trabalho, mal remuneramento dos funcionários, além de que a segurança no trabalho não era uma preocupação entre os empregadores, por isso acidentes eram muito comuns e o trabalhador não contava com nenhum tipo de apoio.

 

Mesmo com todo o desenvolvimento técnico e social ocorrido em todo século XX, a realidade por trás de passarelas, coleções e vitrines, continuou a ser degradante para milhões de trabalhadores, o que foi agravado com o surgimento do fast fashion na década de 1970, onde a necessidade de uma produção rápida e barata levou a um comportamento predatório e totalmente abusivo em relação à mão-de-obra. 

 

A queda do Rana Plaza

pessoa de mãos atadas com cordas  

Já estamos em 2021 e o FAST FASHION ainda é uma realidade pouco discutida em razão da grande alienação do consumo no mercado da moda, onde a maioria dos consumidores não faz ideia de como e sob quais condições as suas roupas são feitas. 

 

Sendo assim, as grandes marcas de fast fashion aproveitam a superexploração dos trabalhadores enquanto ocupam o posto de 3º maiores consumidores de água do mundo, além de emitirem gás carbônico sem culpa e incentivarem as monoculturas impunemente. Temos um artigo completo, no qual a gente te explica certinho o que é Fast Fashion e quais são seus malefícios sociais e ambientais: clique e leia na íntegra!

 

Em 2013, contudo, o castelo de ilusões do setor fashion ruiu literalmente. Isto porque no dia 24 de abril daquele ano, o mundo assistiu em choque um dos maiores acidentes industriais ligados ao setor de vestuário: a queda do Rana Plaza. O edifício estava localizado em Daca, capital de Bangladesh. O desmoronamento da construção ocorreu enquanto mais de 3.000 trabalhadores têxteis, em sua grande maioria mulheres, cumpriam suas jornadas extenuantes em condições análogas à escravidão. 

 

Suas consequências

 

Os números da tragédia são assustadores: cerca de 1.130 pessoas tiveram suas vidas ceifadas, e outras 2.500 ficaram feridas, enquanto produziam roupas para marcas famosas do FAST FASHION. 

 

Diante desse cenário algo devia ser feito, a indústria da moda PRECISAVA mudar! Dessa maneira, a partir da iniciativa de marcas e indivíduos que já se lançavam sobre outra forma de produzir e consumir moda, surgiu a Fashion Revolution. 

 

Mas afinal, o que é o Fashion Revolution?

ativista feminina em uma marcha de protesto

 

É o maior movimento ativista de moda do mundo, que luta por uma indústria da moda limpa, segura, justa, transparente e responsável, fazendo isto por meio de pesquisa e informação, educação, colaboração e mobilização. 

 

O Fashion Revolution acredita no poder de transformação positiva da moda e tem como principais objetivos conscientizar sobre os impactos socioambientais do setor, celebrar as pessoas por trás das roupas, incentivar a transparência e fomentar a sustentabilidade. 

 

A semana do Fashion Revolution

 

Após o acidente envolvendo a queda do Rana Plaza, ocorreu um conselho global de profissionais da moda que se sensibilizaram com o desabamento do edifício em Bangladesh. Criou-se, dessa maneira, no dia 24 de abril, o Fashion Revolution Day, que ganhou tanta força e tornou-se a ‘Semana Fashion Revolution’, que conta com atividades promovidas por núcleos voluntários, em mais de 100 países.   

 

Como funciona o Fashion Revolution no Brasil? 

 

No Brasil, o movimento atua desde 2014 promovendo a Semana Fashion Revolution – um acontecimento organizado em rede nacional que envolve conversas, aulas, e exibição de filmes que sustentam mudanças de mentalidade e comportamento em consumidores, empresas e profissionais da moda.

 

Durante os 7 dias de eventos, acontecem ações digitais e presenciais em vários lugares do Brasil, realizado e organizado por uma rede de apoiadores e colaboradores, a fim de levar conhecimento à população.

 

Como participar do evento?

 

Esse movimento é de suma importância para a criação de um pensamento crítico a respeito do mundo da moda, Eliefer, a luta por produções com jornadas de trabalho dignas, o consumo consciente e um modo de produção sustentável são itens indispensáveis.

 

É de extrema importância  que cada vez mais as pessoas saibam, conheçam e participem desses eventos. É por isso que vamos te explicar direitinho como participar. 

 

Acompanhe as redes sociais 

 

As datas, ainda que sejam entre as últimas duas semanas do mês de abril, podem variar, por isso é de suma importância que você se atente às redes sociais.

 

Você pode acompanhar o movimento através do site oficial, clicando aqui! Além de seguir nas redes sociais:

 

Perguntas importantes a serem feitas

 

Na hora de consumir algum produto, se questione sobre alguns pontos importantes:

  • #QuemFezMinhasRoupas: os trabalhadores e funionários da indústria têxtil merecem condições dignas de trabalho;
  •  #DoQueSãoFeitasMinhasRoupas: a fim de criar um modo de produção sustentável, no qual, ao invés de esgotar os recursos, as marcas as restaurem;
  • #ACorDeQuemFezMinhasRoupas: para que possamos exigir que as empresas tenham ações com foco na promoção de igualdade racial.

 

Você pode usar essas hashtags nas redes sociais, durante a semana do Fashion Revolution, a fim de se envolver com o movimento.

 

Use também as redes sociais para se comunicar com as marcas e questionar sobre como estão cuidando dos trabalhadores, os seus impactos no meio ambiente e sobre a transparência da empresa. Seja você a diferença que deseja no mundo, Eliefer!